Em 2018, a DOM.RF lançou, junto com a Strelka, o Concurso Standard Housing and Residential Development Concept com o objetivo de desenvolver projetos residenciais em escala urbana através de tipologias habitacionais alternativas. O foco do concurso estava na criação de novos layouts de apartamentos (de studios a apartamentos de quatro dormitórios) e que fosse garantida a qualidade urbana e espacial. As edificações deveriam atender critérios de sustentabilidade e deveriam ser dividas em tipologias de baixa, média e alta altura.
O projeto procura encontrar equilíbrio e beleza no tecido da cidade. Nós acreditamos na importância de ter ruas ricamente ativadas no nível do pedestre e na alegria de reuniões inesperadas e qualquer outro tipo de interação social urbana – todavia, não buscamos essas qualidades em qualquer tipo de emulação do tecido da cidade medieval, mas em quarteirões da cidade relativamente pequenos, porosos e entrelaçados e com arquitetura contemporânea. O projeto explora calçadas periféricas e o interior dos blocos – proporcionando um ambiente urbano, rápido e silencioso, mais alternativas de caminhos bucólicos. Uma construção baixa e linear conecta o os edifícios residenciais, ajudando a moldar espaços legíveis dentro do bloco, enquanto fornece espaço para atividades comerciais e públicas que são complementos essenciais para as residências. Acima dela, os moradores encontram abundantes terraços de condomínio para banhos de sol e encontros amigáveis. A vegetação desempenha um papel importante, não sendo usado como meros pontos focais ou decoração, mas como parte integrante da paisagem, sem superar a essência essencialmente urbana e ativa da a proposta.
Quanto à arquitetura, a composição respeita a expressão plástica e qualidades materiais de cada edificação ao mesmo tempo que cria identidades por manipulações sutis no arranjo de os elementos. Nossa proposta de estrutura mista de concreto e madeira serve um uso mais lógico de materiais locais renováveis. Os planos são radicalmente flexíveis, utilizando as fachadas como sistemas não só de iluminação e ventilação, mas também para soluções de armazenamento, mesas e balcões. As áreas úmidas são linearmente dispostas, racionalizando a construção e deixando amplas zonas livres para os espaços principais dos apartamentos, conferindo não só flexibilidade para alterações de layout dentro das unidades, mas também para reorganizações inteiras de pavimentos, permitindo a edifícios para suportar mudanças de demanda em prazos muito mais longos.